A Disney tem dado muito valor ao sucesso que as adaptações cinematográficas de grandes clássicos do conto de fadas vem tendo nos últimos anos. Por isso estreou esse ano a versão Live Action de um dos seus maiores Conto de fadas, Cinderella. A história da moça humilde que sofreu nas mãos da madrasta e se tornou princesa há anos vem encantando gerações, e se tornou a história preferida de muitas crianças antes de dormir. A adaptação feita para o cinema chamou atenção não só pela excelente qualidade, mas pela fidelidade que teve com a versão original da história, o que e muito difícil em adaptações deste tipo, afinal as pessoas estão acostumadas a verem sempre o novo.
O
filme conta a história como já conhecemos, mas antes de vermos
Cinderella sofrer nas mãos da Madrasta, podemos conhecer um pouco de sua
história e infância humilde. Uma pequena introdução de como a mesma
perdeu os pais e se tornou empregada de sua madrasta e irmãs. Até que em
um momento de sofrimento a mesma corre para a floresta e encontra o
principe encantado. Os dois conversam mas ele fica sem saber o
verdadeiro nome da moça. Alguns dias depois eis que surge o famoso
baile. Todas as donzelas são convidadas, mas Cinderella e impedida de
ir. Mas a fada madrinha aparece e torna real o sonho da jovem. E a mesma
tem a noite mais inesquecível de sua vida.
Alguns
fatos chamam muita atenção na nova versão, primeiro que Cinderella
conhece o príncipe antes do famoso baile. Segundo, o pai do príncipe
quer que ele se case, mas não com qualquer moça e sim com alguma moça de
classe e que possa dar ao reino uma situação melhor do que a atual. A
madrasta tenta impedir que a Cinderella fique com o príncipe, mas ela
descobre que Cinderella e a jovem do baile de outra forma. E os
interesses da vilã vão muito além de dinheiro e benefícios para sua
filha. E por último, a adaptação para o cinema consegui ser melhor e
muito mais bonita do que a versão original do filme. Principalmente no
que se diz respeito a beleza do vestido da jovem Cinderela.
Como
vem ocorrendo nas adaptações deste tipo, a vilã teve a cena só para si
quando estava contracenando com Cinderella. A resposta positiva a
interpretação da Madrasta demonstra isso. O visual da mesma, as caras e
bocas, o sorriso maligno, as falas sempre com maldade na voz. Tudo em
Cinderella remete a sua versão original, os fâs mas exigentes ficaram
satisfeitos com o resultado. E a mistura do novo com o antigo se tornou
um colírio para os olhos dos mais exigentes. Vemos uma Cinderella
sensível, sonhadora e acima de tudo batalhadora, uma criança que muito
cedo descobriu a dor de perder a mãe, e depois jovem se viu sem o pai. E
ao invez de carinho e atenção, encontrou na mãe postiça a humilhação e o
desprezo. Mas mesmo assim se manteve firme, e com o coração humilde.
O
que mais chama atenção em Cinderella são os efeitos visuais, a
história e a mesma então fica claro a necessidade de chamar atenção do
público de outras formas. As interpretações não exigem muito de seus
atores, exceto a madrasta que precisou de muito jogo de cintura para
fazer uma mulher má e acima de tudo fria. O roteiro e simples, a trilha
sonora impécavel e faz jus ao filme. A fada-madrinha e engraçada como no
filme, e deu um papel muito diferente dos que Helena Bonhan Carter vem
fazendo, mas um sucesso para a lista da atriz.
Enfim,
Cinderella e o perfeito conto de fadas, e o filme que faz a criança
sorrir, o adulto sonhar e relembrar sua infância. A Disney foi bem nesta
adaptação. E mesmo que o filme ainda não tenha atingido as
expectativas, não faz feio aos olhos de quem foi ve-lo nos cinemas. Nada
melhor do que algo antigo por um novo olhar. Cinderella e o perfeito
conto de fadas.
Nota: 9,0.
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