Coleciono
posters, grito que nem louco quando vejo alguma notícia relacionada a
um ídolo meu, e mais ainda quando assisto qualquer um deles em ação.
Essas são só duas das manias de adolescente que eu mantenho até hoje,
mesmo estando com 20 anos de idade e quase fazendo 21. Não concordo que
devemos perde a essência mesmo quando ficamos mais velhos, quando
completei 18 anos de idade senti o mundo cair com força sobre mim, adquiri tantas responsabilidades e em tão pouco tempo, que acabei me
sentindo em uma montanha russa, sem proteção. Talvez essa seja essa a
minha maior saudade. De ser livre como eu era até os meus 17 anos. Sinto
muitas saudades da escola. Foi lá que eu passei os melhores momentos da
minha vida, de jogar vôlei com os meus amigos, queimada. De brincar de
pega-pega no pátio da escola. De trocar bilhetes com as minhas amigas
falando sobre os caras chatos da sala de aula, ou sobre a professora de matemática que tinha uma voz chata e cansativa. De paquerar os meninos
dentro da banheiro. Meu primeiro namorado foi um colega de escola,
saudades de ficar passeando com ele pela escola, de ir para casa dele e
ficar fazendo planos para o futuro, planos que não foram cumpridos, mas
que mesmo assim naquela época, faziam todo o sentido. De reclamar da
merenda que era amarga demais. De matar aula e ir para casa de amigos,
aonde eu passava períodos felizes, aonde eu era eu mesmo sem medo de
nada, saudade de falar e comer um monte de besteiras. Saudades...
Saudades de chegar em casa, me trancar no meu quarto e ficar a tarde
inteira ouvindo músicas de adolescente. De ficar ligando na rádio para
pedir a minha música preferida e de quase ter um treco quando o artista
que eu amava estava no primeiro lugar da rádio. De dormir super tarde
escrevendo textos sobre amor, escola, amigos, paixão. Alguns deles que
eu já postei aqui. Saudade da época do ensino médio. De ir para escola
só para ficar conversando com meus amigos sobre o futuro. Do nervosismo
por não saber qual seria a minha nota naquela prova que eu fiz, da
alegria de ver que fui bem, e até mesmo da decepção quando eu ia mau.
Saudades de ficar em casa ouvindo meus parentes falando sobre a vida,
sobre problemas que não me atingiam, que eu não entendia. Saudades do
abraço da minha mãe, das xingas por causa do boletim com notas
vermelhas, dos parabéns no mês seguinte pela recuperação. Saudades da
ansiedade por saber se eu tinha ou não passado de ano. Saudades das
brincadeiras na rua com os vizinhos, Saudades de ficar apertando
campainha e sair correndo, de empinar pipa, jogar bola no campinho
próximo de casa, do primeiro Gol, de quando aprendi a andar de bicicleta
mesmo depois de vários tombos, Saudades do primeiro saque bem feito no
jogo de vôlei. Saudades do cinema até tarde, dos furtos de geladeira a
noite. Saudades dos choros sem noção por caras que não estavam nem ai
por mim. Saudades das crises na adolescência, da rebeldia, saudade de
não me sentir compreendido, de sentir que o mundo me odiava quando não
era daquela forma. Saudade de quando as minhas preocupações eram as
espinhas no rosto, as manchas na pele, as roupas que não eram da moda,
as brigas sem sentido da minha mãe, o boletim que eu tinha medo de
entregar quando não estava do jeito que devia estar.
Eu cresci e hoje sou adulto, mas eu sinto saudades e viveria tudo de novo. Chego a conclusão de que a melhor fase da vida e aquela em que você não tem preocupações, em que você apenas vive. Estou vivendo e aprendendo, mas daria tudo o que tenho para que a vida fosse daquela forma que era. Louca... Queria ter parado de crescer nos 18 anos. Talvez as coisas seriam mais fáceis. Mas como diz o ditado: E a vida que se vê!!
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