sexta-feira, 10 de junho de 2016

X - Men Apocalypse - Crítica.




Bryan Singer e um gênio, não dá para imaginar a franquia X-men nas mãos de um outro diretor, prova isso e o fiasco que foi O Confronto Final, considerado até hoje o pior da franquia. Mas Singer voltou com produtor em X-men primeira classe e nos filme seguinte dos mutantes como diretor, provando algo que todos já sabiam: ele nunca devia ter saído. Esse vem como uma espécie de continuação de Dias de um Futuro esquecido e não faz feio por sinal, mesmo que o anterior ainda seja melhor,  vale a pena assistir.

Com narração lá nos anos 80,  vemos a história de En Sabah Nur que reinou no Egito como um deus imortal, despertar de um sono milenar em um mundo tomado pelos “fracos”, com as superpotências globais equilibrando o poder via seus arsenais nucleares. Ele captura Charles Xavier, o telepata mais poderoso do planeta, como uma chave para a dominação global. Os alunos de Charles então se unem a Mística com a missão de salvar seu mentor, e acabar com a ameaça de uma vez.

Com uma história nova nas mãos, Singer não se preocupou em ser diferente do que vem sido feito no cinema ultimamente, X-men Apocalypse e um filme de super herói, e só isso, o que nem de longe e um erro. Pelo contrário, ao não individualizar seus personagens e focar e uma aventura de proporções épicas, ele entrega um bom produto, que vale a pena acompanhar de perto. Mesmo com toda sua apresentação e excesso de informação, o novo filme da franquia abre espaço para grandes futuras histórias, além de um desejo que o diretor mantenha o foco narrativo dos próximos filmes nesse mesmo ambiente.

De todos os personagens que já conhecemos, podemos destacar Magneto, em uma excelente atuação de Michael Fassbender, mais uma vez ele coloca no ar aquela duvida: herói ou vilão? Humanizar o personagem foi só um dos bons feitos realizados pelo ator que veste a camisa do personagem, por ser um  dos mutantes mais poderosos e também mais enigmáticos, teve destaque, e deixou um gosto de quero mais. Jennifer Lawrence entrega a mesma mística de sempre, mas agora ela sabe o que é certo e esta disposta a ir por esse caminho.

O maior erro desse filme e o seu vilão. Oscar Isaac fez o que pode, mas seu Apocalypse deixou muito a desejar, não passou a imagem de mau que o filme pedia, depois de um inicio impactante, o personagem se perdeu no meio do filme, e deu lugar a outros com muito mais destaque. Está ai também o erro de Singer em direção, ele não se preocupa em ser completamente fiel aos gibis ou tem  através deles apenas um ponto de partida, ele quer apenas de divertir, e divertir seu público.

Com cenas de ação bem feitas, diálogos interessantes e um pouco de humor, o filme vai bem no seu propósito. No meio de tantos filmes de heróis que vimos até agora, este merece destaque por ter seu diferencial e por não manchar a imagem da saga de mutantes, provando mais uma vez que um filme desse gênero pode ter boas adaptações para o cinema e trazar lucro sem manchar a imagem do estúdio que o produz, muito menos a do seu diretor que em uma outra época não foi bem visto como a escolha certa para a saga X-men. 

Nota: 9,0.

Angry Birds é fiel ao jogo, e muito engraçado.





Nova animação da Sony Pictures e baseado no jogo de mesmo nome, Angry Birds segue uma lógica já conhecida, o protagonista Red e um pássaro que não se encaixa nos padrões normais de uma pequena comunidade, um paraíso de aves que não voam. Ele ao contrário da grande maioria dos outros e um pássaro com uma raiva constante. Depois de estragar a festa de aniversário de um filhote, Red é condenado a enfrentar aulas de controle de raiva. Lá ele conhece outros esquentadinhos: o apressadinho Chuck, o autoexplicativo Bomba e Terêncio, que é volume, ameaça e silêncio em um único pacote. Quando a ilha em que moram e invadida por porcos sobre a liderança de Leonard, que traz uma junção de coisas inúteis como camas elásticas e até um estilingue e prometendo amizade eterna. Red é o único que fica desconfiado sobre as verdadeiras intenções dos invasores, e tem que convencer os outros que está certo. A aventura consiste em salvar os ovos que os porcos roubam, afinal o que para eles é alimento, para as aves são filhotes. 

A história do filme tem sentido e os personagens foram moldados de acordo com a semelhança no jogo. Red quer viver sozinho e não está nem ai para o que os outros pensam, além de ser extremamente sincero com todos. Longe de ser aquela animação cheia de trocadilhos e mensagens subliminares de amor e afeto, o filme vai pro lado oposto: e engraçado, cheio de piadas não tão infantis assim. O que e bom, a sala de cinema tinha uma quantidade considerável de adultos desacompanhados. Quando Red se une a chuck e bomba, os três formam um trio de amigos não tão amigos assim, em que o esforço de se manterem unidos e formado pela arrogância de Red por achar os dois completamente malucos. O filme faz uma referência hilária quando eles encontram um livro chamado 50 tons de porco no navio dos intrusos.

Extremamente engraçado, com uma pitada de humor irônico e personagens bem estruturados, Angry Birds e um ótimo filme de animação. Mesmo que não tenha estrutura para ser o melhor, ele não deixa a desejar. E por mais infantil que ele seja e para toda família existir, e do mais velho ao mais novo, faz todo mundo rir. Uma prova de que até mesmo o mais simples, tem grande chance de se destacar.

Nota: 10,0.

Guerra Civil e o filme que todos esperavam.

     

Capitão América Guerra Civil finalmente atingiu um bilhão de telespectadores no mundo. O filme e o quarto do universo Marvel a atingir o feito ( Os outros foram  Vingadores 1 e 2, e Homem de Ferro 3), sendo assim ele comprova a qualidade do filme exibido, o bom inicio da fase 3 do estúdio, e a satisfação dos fãs em relação ao que lhe foi apresentado. O filme e o melhor da Marvel até agora, tanto pelo seu roteiro quando pela sua direção. Diga-se de passagem que tornar uma história de quadrinhos em filme não e tarefa fácil a se fazer, mas aqui temos um arco bem feito entre o que e real e o que não é, tornando a aventura algo digno de se acompanhar.
 
Após os vários incidentes a humanidade devido as lutas dos Vingadores, as autoridades mundiais decidem se unir com o objetivo de acabar com as baixas causadas. Eis que surge o tratado de Sokovia, um documento que tem como objetivo fiscalizar o trabalho dos hérois e controlar quando os mesmos devem agir, além de manter todos eles sobre observação e controle da ONU. Em outras palavras eles se tornariam soldados do exército, só que com super poderes. Eis que surge a divisão, de um lado o Homem de Ferro que apoia o tratado por se sentir culpado com os erros cometidos anteriormente, do outro, Capitão América que não apoia a decisão por considerar que os heróis não precisam de limitação quando a única coisa que querem fazer e salvar o mundo, sendo assim não são culpados pelas baixas de suas lutas. Além disso, até onde vai essa fiscalização? Os outros vingadores escolhem seus lados, e ai que se concentra o embate.

O filme vai bem no seu roteiro, os diálogos estão mais sérios e até mesmo o Homem de Ferro começa a mostrar mais seriedade no que pensa e no que fala. Cada personagem tem o seu momento, sem tédio, sem grandes explicações. A cena do aeroporto está lá, e está perfeita. Tom Holand entrega o melhor Homem Aranha que já vimos até então ( Desculpa  Tobey Maguire, ainda te amamos), e suas cenas são pontuadas por boas frases de humor, talvez a maior leveza de um filme focado em grandes cenas de ação e tensão evidente. Excelente união dos estúdios. O Pantera Negra teve uma excelente entrada, assim como a participação do Homem Formiga, outro com pose de malandro que pontua com perfeição nas poucas cenas que lhe foram dadas.

Os atores do filme seguram a ponta muito bem. Cris Evans demonstra com exatidão que foi uma escolha certeira para o capitão, mais acostumado ao papel, ele se torna um bom líder. Enquanto Robert Downey Jr continua com o excelente homem de ferro. Scarleth Johanson continua perfeita como viúva negra, tão boa que faz os fãs implorarem por um filme solo da heroína, e de encher os olhos as cenas em que ela está.

Em 2016 tem sido satisfatória a demanda de filmes de super heróis no cinema, mas vamos deixar bem claro que de tudo que foi visto até agora, Guerra Civil com certeza e o melhor, demonstra com exatidão que a Marvel sabe o que está fazendo, e que tem muito ainda a mostrar para todos. Abre com excelência um novo arco de histórias e sua continuação que vem chegando com Guerra Infinita. Se em algumas situações os fãs ficam preocupados com uma adaptação do seu Hq preferido para as telas, esse com certeza não é o caso de Guerra Civil.

Nota:  10,0. 

Batman Vs Superman - Crítica.


Quando comparada a Marvel, sempre considerei a Dc Comics um estudio mais obscuro, seja por ela ter o Batman ( o cavaleiro das trevas), tanto pelo fato da maioria dos seus super-heróis terem um passado conflituoso e confuso. Batman Vs Superman e uma prova disso, é o conflito que muitos queriam ver no cinema. E apesar de não ter atingido todas as expectativas, também não deixa a desejar.

O filme parte da onde o Homem de Aço terminou, quando a cidade de metrópoles ficou destruída, desencadeou-se uma série de questionamentos quanto a liberdade dada ao super herói. Em BvS vemos o cavaleiro das trevas nervoso quanto as atitudes do herói. Ele quer para-lo a qualquer custo, por não concordar com o seu modo de ajudar o mundo, além de considera-lo uma ameaça a humanidade por não ser um legitimo habitante do planeta terra, em outras palavras, um intruso.

O que chama muita atenção e a forma como ele introduz o universo da Dc, universo esse que se considera bom o bastante para bater de frente com a Marvel, uma guerra cinematográfica em que ganha e o telespectador, que vê uma boa quantidade de filmes para acompanhar. Mas por enquanto, pode-se dizer que a Marvel está se saindo melhor. Junto com Esquadrão Suicida e Mulher Maravilha ( com estreias para 2016 e 2017 respectivamente), introduzem o filme principal do universo, Liga da Justiça. Este que e considerado o Vingadores dos estudios Dc.

E um bom filme, Ben Affleck incorporou bem o Batman e se tornou o melhor no papel até agora. Henry Cavil continuar sendo também o melhor Superman, só que agora muito mais inclinado a duvida do que no filme anterior. E não e para menos, o peso sob o ombro do personagem agora, além da pressão por seus acertos e erros, e muito maior. Os gritos na sala de cinema na entrada da Mulher Maravilha prova o que já sabíamos, Gal Gadot e perfeita para o papel e pegou com maestria a juventude da mesma, que venha o filme solo. Destaque também para Lex luthor, o personagem com maior carga dramática desse filme, além e claro de louco, afinal está indo contra dois personagens de peso.

Para muitos a luta não faz sentido, afinal fica óbvio quem ganharia, mas sabemos que como todo super herói, Superman também tem seu ponto fraco, e ai que Batman encontra o ponto de partida para tentar a vitória. Cada personagem traz para si uma noção de justiça diferente, o que também pode dar sentido ao titulo do filme, e é na defesa desse ponto de vista que a história se sustenta, algo muito parecido com a Marvel e sua guerra civil.

Com quase 900 milhões de dólares em caixa, o filme demonstra a força do seu universo, talvez não pela qualidade, mas sim pela curiosidade do telespectador de ver a narrativa de ambos os contextos em filme. Para que entende do universo Dc, (em outras palavras os fãs), o filme e uma decepção. Para quem não entende e apenas assiste por gostar de super-herói , o filme cumpre o seu propósito.

Nota: 8,0.

O Caçador e a Rainha de Gelo - Crítica.

 




Kristen Stewart se meteu em confusão e perdeu o namorado na época, quando se envolveu com o diretor de Branca de Neve e o Caçador. Um tiro no pé do estúdio responsável pelo filme, que vendo seus lucros subindo, já haviam decidido fazer uma continuação. Mas com o afastamento da atriz principal, e de seu diretor, como contar uma segunda e nova história de um clássico tão conhecido?

Ravena governava seu reino com justiça e vivia ao lado de sua irmã Freya, a primeira é a única que tem super poderes, enquanto a segunda ainda não teve os seus revelados. Ao saber que sua irmã está gravida e que a filha irá se tornar a mais bela do reino, ela assassina a criança para manter seu posto, com isso mergulha a irmã em uma profunda depressão. Freya abandona a irmã e cria um novo reino só para si, aonde cria crianças e as ensina a arte da guerra, mas estabelece a lei de que nenhum deles irá sentir amor novamente, nem mesmo entre eles. Mas como em todo conto de fadas, a exceção está em Eric e Sarah, que convivendo desde pequenos juntos, se descobrem apaixonados, o que desperta a ira da Rainha de Gelo. Depois que Branca de Neve derrota Ravena e o espelho mágico some, Freya decide toma-lo para si e assim ficar mais poderosa. O que ela não esperava e que Ravena ressuscita-se. Cabe então a Eric e sua amada, impedir as duas vilãs.

O filme tem sentido e soube contar sua história, para isso foi até o passado de cada um dos personagens, e deixou explicito os ideais de todos. Ravena sempre foi a má, enquanto Freya teve seus sentimentos alterados pela dor. Ravena e ambiciosa, e Freya fria. Partindo do princípio que se trata de um dos maiores clássicos do nossos contos de fadas, trazer isso sobre uma nova perspectiva e algo que o estúdio soube fazer com maestria. Me lembra muito Malévola, e como tal, ele conta uma história de outros personagens ligados ao mesmo universo. Um plano de fundo brilhantíssimo. Nada no filme e o que parece ser, e o telespectador tem que se atentar aos detalhes, assisti-lo do começo ao fim e descobrir que aquilo que você viu, na verdade não e o que viu. Afinal, há duas bruxas em cena, poderozissimas por sinal.

Do inicio ao fim nos vemos um narrador contando a história, uma forma de explicar o desenrolar da trama. O roteiro e excelente e as cenas de encher os olhos. Com um toque mais feminino, vemos agora excelentes atrizes em cena, cada uma segura sua personagem como pode, e não deixaram a desejar. Emily Blunt foi do drama a frieza sem dificuldades, enquanto Charlize Teron mais uma vez entregou uma excelente vilã. Após o seu retorno e difícil focar em Freya, porque a maldade explicita em Ravena, e algo de encher os olhos do mais apaixonado por vilões. Ela com certeza e o melhor desse filme.

Uma continuação para ganhar dinheiro? O Caçador e a Rainha de Gelo pode se encaixar nesse fator. Mas não e fácil criar uma história e colocar qualidade nisso. O filme entrega o seu objetivo e mantém qualidade do inicio ao fim, ele mantém o fator que agora e a vez da vilã, e não fez nenhuma falta a mocinha de Kristen Stewart. E um filme para distrair, para encher os olhos, para vibrar com a atuação dos atores e para conhecer um pouco mais desse universo tão místico que é o conto de fadas. E a prova de que há muita história para se retirar desse universo.

Nota: 9,0.