sexta-feira, 10 de junho de 2016

O Caçador e a Rainha de Gelo - Crítica.

 




Kristen Stewart se meteu em confusão e perdeu o namorado na época, quando se envolveu com o diretor de Branca de Neve e o Caçador. Um tiro no pé do estúdio responsável pelo filme, que vendo seus lucros subindo, já haviam decidido fazer uma continuação. Mas com o afastamento da atriz principal, e de seu diretor, como contar uma segunda e nova história de um clássico tão conhecido?

Ravena governava seu reino com justiça e vivia ao lado de sua irmã Freya, a primeira é a única que tem super poderes, enquanto a segunda ainda não teve os seus revelados. Ao saber que sua irmã está gravida e que a filha irá se tornar a mais bela do reino, ela assassina a criança para manter seu posto, com isso mergulha a irmã em uma profunda depressão. Freya abandona a irmã e cria um novo reino só para si, aonde cria crianças e as ensina a arte da guerra, mas estabelece a lei de que nenhum deles irá sentir amor novamente, nem mesmo entre eles. Mas como em todo conto de fadas, a exceção está em Eric e Sarah, que convivendo desde pequenos juntos, se descobrem apaixonados, o que desperta a ira da Rainha de Gelo. Depois que Branca de Neve derrota Ravena e o espelho mágico some, Freya decide toma-lo para si e assim ficar mais poderosa. O que ela não esperava e que Ravena ressuscita-se. Cabe então a Eric e sua amada, impedir as duas vilãs.

O filme tem sentido e soube contar sua história, para isso foi até o passado de cada um dos personagens, e deixou explicito os ideais de todos. Ravena sempre foi a má, enquanto Freya teve seus sentimentos alterados pela dor. Ravena e ambiciosa, e Freya fria. Partindo do princípio que se trata de um dos maiores clássicos do nossos contos de fadas, trazer isso sobre uma nova perspectiva e algo que o estúdio soube fazer com maestria. Me lembra muito Malévola, e como tal, ele conta uma história de outros personagens ligados ao mesmo universo. Um plano de fundo brilhantíssimo. Nada no filme e o que parece ser, e o telespectador tem que se atentar aos detalhes, assisti-lo do começo ao fim e descobrir que aquilo que você viu, na verdade não e o que viu. Afinal, há duas bruxas em cena, poderozissimas por sinal.

Do inicio ao fim nos vemos um narrador contando a história, uma forma de explicar o desenrolar da trama. O roteiro e excelente e as cenas de encher os olhos. Com um toque mais feminino, vemos agora excelentes atrizes em cena, cada uma segura sua personagem como pode, e não deixaram a desejar. Emily Blunt foi do drama a frieza sem dificuldades, enquanto Charlize Teron mais uma vez entregou uma excelente vilã. Após o seu retorno e difícil focar em Freya, porque a maldade explicita em Ravena, e algo de encher os olhos do mais apaixonado por vilões. Ela com certeza e o melhor desse filme.

Uma continuação para ganhar dinheiro? O Caçador e a Rainha de Gelo pode se encaixar nesse fator. Mas não e fácil criar uma história e colocar qualidade nisso. O filme entrega o seu objetivo e mantém qualidade do inicio ao fim, ele mantém o fator que agora e a vez da vilã, e não fez nenhuma falta a mocinha de Kristen Stewart. E um filme para distrair, para encher os olhos, para vibrar com a atuação dos atores e para conhecer um pouco mais desse universo tão místico que é o conto de fadas. E a prova de que há muita história para se retirar desse universo.

Nota: 9,0. 

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