sexta-feira, 1 de julho de 2016

Como eu era antes de você é bonito, e emocionante!

 


Baseado no livro de mesmo nome de Jojo Moyes, o filme "Como Eu Era Antes de Você" estreou nos cinemas e trouxe uma referência para as telas: a citação de "Walking Papers". Trata-se de uma autobiografia do autor tetraplégico Francesco Clark, que não gostou de ter sido citado no filme, Francesco criticou a forma como a autora do livro, e também roteirista do filme, abordou o tema, alega que seu objetivo com o livro foi mostrar que a deficiência adquirida por ele e contada na história de Jojo não condiz com a realidade da maioria das pessoas: "Eu trabalhei incansavelmente para mostrar para todo mundo que ser tetraplégico não é o fim da vida de ninguém, é um novo começo", disse o escritor em entrevista para o Uol , "Não estou tomando um posicionamento contra o suicídio assistido, estou dizendo que fiquei revoltado por me associarem a uma história que diz que a única ou a melhor saída para pessoas como eu é a morte".

E claro que a história em si pode ser considerada um fato isolado, realmente todas as pessoas que passam por um acidente desse tipo não necessariamente perdem o desejo de viver, ou entram em depressão por isso. A autora contou uma história, e por mais que possa ter errado em mencionar um caso que não seja 100% fiel ao verdadeiro, foi bem em narrar a vida de Will Trainor sob a perspectiva de que viver para o personagem, não tem mais nenhum sentido.

O filme conta a história de Will Trainor (Sam Clafin), um homem rico, muito ativo e atlético. Depois de sofrer um acidente de moto, ele fica tetraplégico e passa a viver de forma amargurada. A vida dele muda quando a mãe contrata Louise (Emilia Clarke) para ser a cuidadora. Will vivia da melhor forma póssivel, tinha bons amigos e uma mulher que amava. O acidente mudou tudo isso, e ele se viu sentado para sempre em uma cadeira de rodas, mesmo com o avanço da medicina, não há chances de cura para ele. A autora então passa a mensagem de que para alguns, estar naquela situação, e ter uma mudança de vida tão brusca pode ser o fim do desejo de viver, e o término da felicidade. Mesmo que não seja dessa forma que todos pensam, e dessa forma que Will vê, é esse personagem, essa história que é contada.

Assistir o filme e se deparar com uma sucessão de sentimentos distintos, a autora soube dosar bem os momentos de tensão, pontuados por uma pitada necessidade de entender os fatos e o caminho que cada personagem vai tomando. Além disso, vemos a construção pouco a pouco e começamos a gostar de cada um pela forma que ele é, independente de qualquer outra coisa. O filme foge um pouco do romance comum e mesmo que tenha algumas referencias que lembram outros filmes de sucesso com essa temática, A Culpa e das Estrelas por exemplo, tem seu diferencial e cria sozinho seu universo, sem parecer repetitivo, chato ou até meloso demais.

Sam Caflin mostra uma facilidade em lidar com o drama, e até mesmo sua postura diante da necessidade do personagem e algo bem feito. Enquanto Emilia Clarke traz uma personagem extremamente fiel ao livro, engraçada e nem um pouco parecida com a mocinha tradicional de filmes de amor. Amor também e um sentimento bem presente no filme, mas se o sentimento está ali, não surge de imediato, e nem fica na repetição de romances açucarados e cheio de dramas. Pelo contrário, não e só a vida de Will que muda com a presença de Louise, a dela também muda drasticamente, e se ela ensina algo a ele, ele também deixa sua marca na vida dela. O beijo está ali, o carinho também, e a necessidade de provar que ela faria qualquer coisa para vê-lo bem, e o que torna esse vídeo uma linda história de amor.

Jojo Moyes bateu recordes de venda com o livro, o que deu certeza a adaptação para o cinema. Mesmo com as polêmicas levantadas por Francesco Clark o filme e um ótimo lançamento, e sua adaptação não decepciona. E claro que a mensagem que ele passa não é tão legal assim, mas cabe ao telespectador individualizar o personagem, se colocar no lugar dele e não generalizar sua história como um todo. Como Eu Era Antes de Você é emocionante, cativante e vale a pena cada segundo que passamos em frente a tela. E aquele tipo de filme que fica marcado de forma positiva, e que demonstra com exatidão, as mil maneiras que o ser humano pode encontrar para amar alguém, ou que simplesmente, amor e amor, e isso muda tudo. Ele alcança seu objetivo: emocionar, e acima de tudo, contar uma história. Ou até mesmo, A HISTÓRIA.

Nota: 10


Truque de Meste e um ótimo filme e faz juz ao titulo.

 




Se existe uma frase que possa definir truque de mestre seria: Nada parece o que é. E isso não e só uma referência ao titulo, abrange tudo: desde os seus personagens, até a sua trama, que pode ser definida como envolvente e complexa. Não é melhor do que o primeiro, mas a continuação tem sentido.

Após enganarem o FBI, os cavaleiros Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson) e Jack Wilder (Dave Franco) estão foragidos. Eles seguem as ordens de Dylan Rhodes (Mark Ruffalo), que segue trabalhando no FBI de forma a impedir os avanços na procura dos próprios cavaleiros. Paralelamente, o grupo planeja seu novo ato: desmascarar um jovem gênio da informática, cujo novo lançamento coleta dados pessoais dos usuários. Entretanto, durante a revelação da farsa, os próprios cavaleiros são vítimas de um contragolpe, vindo de um inimigo desconhecido, esse inimigo e Walter, o filho de Arthur Tressler que com o pai quer vingança contra os cavaleiros pelo roubo ocorrido no filme anterior. 


Colocar o ilusionismo nos holofotes e transformar em filme e algo difícil e que requer coragem. Além de ser um ambiente pouco explorado, um erro e muito notado, e a falta de um bom roteiro, pode transformar o filme em um fiasco. O que não e o caso desse. O primeiro cumpriu o papel de entreter, divertir e surpreender, e o segundo também. Este tem um ritmo mais lento, com menos cenas de ação, e deixou a melhor parte para o final.

Seus personagens seguem as mesmas características, seus objetivos são os mesmos, apenas uma mudança quando ao dialogo e a forma como as coisas vão acontecendo. Adicionar Daniel Radcliffe ao seu elenco, além de soar irônico, afinal ele e o famoso Harry Potter, foi um bom feito. Daniel dá vida a Walter, um bom vilão e extremamente caricato. O ator vem mostrando que tem talento e que não e feito por um só personagem. 


Efeitos geniais e empolgantes, Truque de Mestre e aquele filme que deixa o telespectador excitado com cada cena. Do começo ao fim você se vê preso ao que ocorre, e quando uma cena termina você olha para os lados para saber se as pessoas ao seu redor, tiveram a mesma reação que a sua, quando um truque e revelado, você se sente enganado, mas ao contrário do que seria normal, você fica feliz com isso.

Com um elenco de primeira e grandes cenas, o filme deixa um gostinho de quero mais, sua fotografia e didática e incrível. Mostra ao que veio e faz reverência ao ilusionismo sem se tornar repetitivo ou chato. Vale o ingresso e com certeza e o filme que você vai querer assistir mais de uma vez.

Nota: 8,0.